Membro da Dhesarme, Maria Eduarda, vence concurso artístico promovido pela Stop Killer Robots
- Dhesarme
- 28 de mai.
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Atualizado: 31 de mai.
Maria Eduarda de Oliveira representou a Dhesarme em um importante webinar ao lado dos demais vencedores do concurso artístico promovido pela Stop Killer Robots, campanha global liderada por organizações da sociedade civil que busca proibir o desenvolvimento e o uso de armas autônomas. O concurso, que teve como tema “2045: se os robôs assassinos forem banidos, ou não”, convidou jovens artistas de todo o mundo a participar. Maria Eduarda participou na categoria de animação e foi uma das selecionadas.
Sua animação retrata um futuro onde as armas autônomas não foram banidas. Um menino assiste pela TV outro garoto brincando com um avião de brinquedo. Mas, em questão de segundos, sua própria cidade é atacada por armas autônomas, que não conseguem distinguir civis de alvos militares. No final, quando sua mãe o chama, a câmera dá um zoom no avião de brinquedo, representando o desejo do garotinho em poder brincar como o garoto da TV.
Em entrevista, ela falou um pouco sobre o processo criativo e motivações:
Na minha arte, quis representar o que poderia ter sido o futuro, e o que realmente foi. A Dhesarme me mostrou o quanto o desarmamento humanitário é essencial, e como eu posso usar a minha arte para dar voz a essas causas. Foi graças ao meu envolvimento ao projeto (Dhesarme) que descobri esse tema e pude transformar minha indignação em criação. Agradeço a Hevelyn por ter me apresentado o concurso, e por todo o apoio que a Equipe Dhesarme tem me dado.
A obra de Maria Eduarda convida à reflexão sobre um tema urgente: os sistemas de armas autônomas letais; tecnologias que, com base em algoritmos e inteligência artificial, podem identificar, selecionar e atacar alvos sem controle humano significativo. A rápida evolução dessas tecnologias levanta preocupações éticas, humanitárias, jurídicas e de segurança, pois há o risco de decisões de vida ou morte serem delegadas a máquinas. Essas armas podem perpetuar discriminações, tornar os conflitos mais impessoais e ampliar a escala da violência armada. Em um mundo marcado por preconceitos e assimetrias de poder, a ausência de regulamentação internacional sobre essas tecnologias pode aprofundar desigualdades e comprometer os princípios básicos do direito internacional humanitário. Por isso, a mobilização de jovens artistas e ativistas, como Maria Eduarda, é essencial para alertar a sociedade e pressionar por normas que coloquem a vida e a dignidade humana acima do interesse militar e tecnológico.
A animação de Maria Eduarda estará disponível no site oficial da Stop Killer Robots, junto às demais obras vencedoras, e nas redes sociais da Dhesarme.










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